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segunda-feira, 17 de maio de 2010

QUANDO ESTE PESADELO IRÁ ACABAR?

Presidente do STF pede nova defesa sobre intervenção federal no DF
Cezar Peluso aguarda argumentos para concluir voto sobre intervenção no DF.
Executivo e Legislativo têm cinco dias para encaminhar defesa ao Supremo.
Débora Santos
Do G1, em Brasília
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, solicitou nesta segunda-feira à Câmara Legislativa e ao governo do Distrito Federal novas defesas contra o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) de intervenção federal nos dois poderes.
Segundo a assessoria do STF, Peluso – que é relator do processo – tomou a decisão depois que a PGR encaminhou o detalhamento de como deveria acontecer a intervenção federal no Poder Legislativo. O pedido de explicação havia sido feito pelo ex-presidente do STF Gilmar Mendes.
O pedido de intervenção foi feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diante do inquérito da Polícia Federal que investiga denúncias de um suposto esquema de pagamento de propina envolvendo parlamentares e membros do Executivo do governo do DF, que ficou conhecido como mensalão do DEM.
A assessoria do STF informou que o ministro Cezar Peluso só começou analisar o processo depois de ter tomado posse como presidente do Supremo, no dia 23 de abril. O regimento interno do STF determina que pedidos de intervenção federal sejam relatados pelo presidente da corte.
Os procuradores do governo do DF e da Câmara Legislativa terão cinco dias, a contar do recebimento da intimação, para apresentar as novas defesas. Só depois de analisar os documentos, Peluso começará a elaborar seu voto, de acordo com a assessoria. Concluída essa etapa, o processo poderá entrar na pauta do plenário.
‘Assunto esfriou’
O inquérito quer investiga o mensalão do DEM levou à prisão e afastamento do então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do caso, em fevereiro. Durante a prisão, Arruda teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF por infidelidade partidária, deixando vago o cargo. Ele foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 12 de abril, após permanecer dois meses preso.
O pedido de intervenção feito pela PGR ocorreu após o então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) ter sido preso, acusado de tentar subornar uma testemunha do inquérito. Mas agora, mais de dois meses após ter encaminhado a defesa no processo de intervenção federal, o procurador da Câmara Legislativa, Fernando Nazaré, afirma que o assunto “esfriou”.
“Não se toca muito nesse assunto ultimamente. Não tem grande preocupação à respeito ainda que se saiba que esse processo pode entrar na pauta do STF a qualquer momento”, admitiu Fernando Nazaré.
Na primeira defesa, encaminhada em 1º de março ao então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, o procurador alegou que as instituições do DF tinham condições de continuar funcionando.
Em parecer, enviado ao ex-presidente Gilmar Mendes no dia 16 de março, Gurgel voltou a defender o procedimento, afirmando que a substituição do governador não significava o restabelecimento da ordem institucional.
“Com efeito, ela [Câmara Legislativa] depende da ameaça da força interventiva para conduzir seus trabalhos: inteiramente incapaz de estar à altura da representatividade popular, órfã de autonomia no domínio da observância do postulado republicano da responsabilidade do agente público, viu-se tangida pela vara judicial e somente assim simulou disposição para as tarefas que lhe cabem”, disse o parecer.

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